Jeremias, o bom.

Uma história que me comoveu

Ao ler a notícia da morte de Sandra Regina,
que não conheci, fiquei muito impressionada.
Lembrei-me da época em que li nos jornais
a sua incansável luta para ser reconhecida pelo pai,
e ter direito de usar o seu nome.
Quando finalmente conseguiu que a lei aprovasse
sua luta com todas as provas, o que terá se
passado na sua cabeça ao ver que esse pai não lhe
daria guarita nem afeto?
Fico imaginando o sentimento de rejeição, que ao
ser recebido de qualquer pessoa é penoso, e
imaginando essa rejeição vinda do próprio pai.
Não estou aqui fazendo juizo de valor do pai,
embora seja difícil imaginar alguém que rejeita
sua própria filha.
Passou-se o tempo, o assunto saiu dos jornais, e
quando me deparei com a notícia de sua morte, fiquei
realmente tocada.
Espero de coração que ela na vida tenha encontrado
pessoas que a amaram, embora acredite que essa mágoa
tenha ficado com ela até o fim.
Agora onde ela está, tem um pai superior, que tenho certeza,
lhe dará todo o amor que ela sempre quis.