sábado, setembro 30, 2006

 

BALADA DA IRREMEDIÁVEL TRISTEZA


BALADA DA IRREMEDIÁVEL TRISTEZA
Abgar Renaut

Eu hoje estou inabitável...
Não sei por quê,
levantei com o pé esquerdo:
o meu primeiro cigarro amargou
como uma colherada de fel;
a tristeza de vários corações bem tristes
veio, sem quê, nem por que,
encher meu coração vazio...vazio...
Eu hoje estou inabitável...

A vida está doendo...doendo...
A vida está toda atrapalhada...
Estou sozinho numa estrada
fazendo a pé um raid impossível.

Ah! se eu pudesse me embebedar
e cambalear...cambalear...
cair, e acordar desta tristeza
que ninguém, ninguém sabe...
Todo mundo vai rir destes meus versos,
mas jurarei por Deus, se for preciso:
eu hoje estou inabitável...
Comentários:
Que texto lindo! Obrigada por o ter trazido aqui:)

Ah e quanto à música do seu blog, umas vezes toca outras não...
 
adorei as palavras...
beijo vagabundo
 
Mariana, estou com saudade. Muita coisa para resolver por aqui. Quero dizer que amei as imagens do Rio de Janeiro. Diego Rivera tem obras fantásticas, e o poema de um lavrador é belíssimo. Parabéns pela seleção. E você tem caminhado? Estou me preparando para voltar a visitar Rio das Ostras novamente. O poema de hoje achei muito triste.
Beijos, Edna
 
Oi Mary,
Cheguei este fim de semana de S Paulo. Foi ótimo, como sempre. Relaxamos e perdemos um cadinho de peso. Assim que tiver um tempinho te escrevo com calma. Adooorei o seu post de hoje. beijoca
Lucia
 
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